O desafio de hoje
Quando você tem a sua empresa e um emprego adicional e dá uma capotada de cansaço na frente de outras pessoas numa situação altamente embaraçosa, você entende porque pouca gente tem empresas.
Pois foi o que me aconteceu hoje. Acordei mais cedo, bem e feliz pra dar uma repaginada no visual, mudar a cor do meu cabelo e tal, essas coisas que mulher adora... acabei me atrasando pra abrir o local, justo hoje que eu pedi para o meu sócio e companheiro tirar umas horas a mais de descanso. Pedi nada, dei uma pancada na cabeça dele e ele desmaiou, porque esse é o único jeito de fazer ele parar de trabalhar um pouco. (Sobre a pancada é brincadeira. Foi só uma hipérbole). Temos trabalhado praticamente sem folga e temos superado nossos limites. Eu em dois empregos e ele 100% do tempo lá.
Então trabalhei sozinha, bem bonito, por algumas horas, fazendo o trabalho de várias pessoas simultaneamente e ainda feliz por ter deixado meu companheiro "workholic" dormindo. Se bem que eu não ligo de agir com alguma "onipresença", pois sofro de um tipo de HCNI, Hiperatividade de Caráter Não Identificado (kkkkk acabei de inventar isso).
Ligo de ficar com fome. Isso sim. Mas não dava tempo. Resultado: almocei em 10 minutos. Os dez minutos antes de ir para o outro trabalho. Vendo pipoca no cinema. Me relaxa, me deixa feliz e paga contas. Porque uma empresa recém-criada é comparável a um bebê recém-nascido: tem seus gastos, precisa de total atenção e toma todo o seu tempo enquanto cresce!
Voltando à história do almoço de dez minutos. Se eu tivesse lembrado de um efeito do almoço, fora matar a fome, eu teria almoçado mais cedo, com certeza...
Fui para o trabalho no cinema. Fiz o que eu tinha de fazer e sentei no banquinho. Ora... que mal teria sentar no banquinho? Eu estava cansada.
Esse é o tipo de raciocínio capaz de ferrar sua vida. Se eu posso dar um conselho pessoal para alguém é: se você se perguntar "que mal tem?" é que tem um mal tão grande que você nem é capaz de imaginar.
Sentei no raio daquele banquinho (piada não proposital, embora o banquinho seja redondo) e dei uma das mais vergonhosas cochiladas públicas da minha vida! Acordei com as meninas me chamando pra colocar pipoca para alguém que saiu no meio do filme. Pelo amor, quem é que perde cenas de um filme pra comprar pipoca? Um monte de gente. Pra minha sorte, dessa vez era uma pessoa só, um menino... que talvez não tenha visto que eu dormi. Mas meus colegas viram...
Então fiquei pensando em como isso tudo tem sido um dramático e divertido desafio. Não, mentira. Eu estava pensando na quantidade de cafeína que eu teria que ingerir para aguentar hoje. Depois de cafés e Coca-Cola, fui parar em Nárnia. Trabalhei, até agora. Ainda tem mais 3h pra ficar aqui e eu estou questionando a minha capacidade. Já tive dias mais cansativos e sobrevivi a eles. Não estou mais questionando minha capacidade e sim o método de sobrevivência a dias como hoje.
Atividade. O desafio é manter-se fazendo algo até a hora de realmente parar. A hora de parar é a gente que define, dependendo da nossa meta. E no meu caso é daqui a pouco mais de 3h, porque eu quero continuar trabalhando aqui para poder cuidar da minha empresa recém-nascida... afinal, eu tenho um sonho.
Eu acredito que sonhos não tem preço. Só deixam de ser sonhos, quando nós os tornamos reais.
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